Conforme se pode ler n’A Comarca de Arganil nº 73 de 3 de julho de 1902, “completa a tríade galhofeira das festas populares, fundamente enraizadas na alma nacional desde tempos imemoriais, o S. Pedro, o porteiro celestial, o velho pescador, a pedra basilar da egreja”, cujos festejos em Arganil ocorrem desde há muitos anos junto à Capela de S. Pedro, na localidade do mesmo nome e a que ocorrem quer as gentes de Arganil, quer as do Sarzedo.
De Arganil para avivar os festejos vinha a Filarmónica, do Sarzedo para além do rancho, “a atroadora e borlesca” música do “Zé P’reira”.
Consta que em 1912, tal como se pode ler n’A Comarca de Arganil nº 587, parte dos visitantes voltou dos festejos de S. Pedro pouco satisfeita, por não terem deixado participar o “Zé P’reira” no tradicional reportório.
Veiga Simões escreveu em 1913 “A soberania do bombo (história de dois povos malavindos)”, onde de forma romanceada nos dá conta da desavença ocorrida em 1912 e relata a falta que os sarzedenses fizeram nos festejos de 1913. “Esse ano, á tarde, apenas a gente da minha terra ali passeava o fresco e bebia o capilé. Aquilo aborrecia-me mortalmente.”
Os do Sarzedo,
no entanto, não se quedaram e fizeram os festejos na banda de lá do rio, junto
à margem, de onde “um vasto tropel de gente erguia para o ar uma vozeada doida,
atroando a serenidade da terra com o bombo e com a caixa de rufar”, trazendo
assim ao Santo as suas saudações.
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http://catalogorbca.cm-arganil.pt/Pacwebv3/SearchResult.aspx?search=_OB%3a%2b_QT%3aKW__T%3a_Q%3aSOBERANIA_EQ%3aT_D%3aT____OB%3a*_QT%3aKW__T%3a_Q%3aBOMBO_EQ%3aT_D%3aT___&SM=S
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